A noite, já vencida, se alquebrava inteira.
Ao canto, muito perto, inebriante e pura
Uma mulher calava, envolte em seda escura.
Guardando um frenesi de brumas e poeira:
Crispadas mãos e aos olhos o silêncio langue.
Naquele instante breve, eu a bebi aos prantos...
E a cada gole de seus trágicos encantos,
Um véu se desnuda ao meu presente exangue.
Êxtase...e a morte após! Tão logo ela partiu.
Levando em cada aprte um verso de Beleza...
Hei de molhar os pés nas águas desse rio?
Ela se foi...deixou-me a par da Naturaza...
Olhei-te, à exaustão, quiçá, não me notaste?
"Tu que eu teria amado, ó tu queo adivinhaste!"
-Paráfase do poema "A uma passante", de Baudelaire
Nenhum comentário:
Postar um comentário