" Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido". - Vinicius de Moraes

25 de nov. de 2010

não importa o quanto você se esforce, não importa o quanto você ajuda, o quanto você trabalha, o quanto você se entrega ao outro. ninguém se preocupa contigo. o mundo hoje vive para o próprio umbigo. para as próprias necessidades. para aquilo que julgamos que é importante para nós. não importa por quantas pessoas, por quantas coisas ou situações tenhamos que passar. o que importa é o que eu quero, o que eu desejo, eu, eu, eu. o pessoa do meu lado, meu irmão, minha irmã, meu pai, minha mãe, meu cachorro, podem estar sofrendo, podem estar morrendo, mas ainda bem que eu estou bem! ainda bem que eu ainda vivo! ainda bem que eu ainda respiro! mundo individualista, sem espaço para duas pessoas quem dirá um conjunto, a coletividade. eu só me importo comigo e o resto que se exploda. pode o mundo cair, o céu desabar, a água acabar, mas se eu ainda estiver bem nada mais importa. quanta falta de humanidade, de amor, de humildade, de carinho, de compreensão, de caridade. nada é sólido, nada é concreto, tudo são aparência para a melhor conveniência. e ainda cantamos "vivemos esperando por dias melhores". dias melhores. eu quero pessoas melhores. eu quero mais amor, amor ao próximo, amor para com os simples gesto, amor a natureza, amor, amor, amor. o ser humano necessita ser mais humano. urgente.

12 de nov. de 2010

Quando dissertamos sobre o que é ideologia, a primeira coisa que nos vêm a mente é que ideologia é um conjunto de idéias, de opiniões, conceitos e comportamentos que prevalecem sobre uma sociedade. Quando vemos e participamos de movimentos sociais e de grupos, institucionais ou não, aprendemos logo que a ideologia e a propaganda são parentes não distantes, e a semelhança familiar é que as duas querem aparecer.

A maioria das empresas e corporações atuais se utiliza da incorporação de certa ideologia, forma de pensar, forma de comportamento para de certa forma manipular as pessoas e lhes vender idéias e estilos de vida. Não temos mais personalidade, somos todos marcas, aparências e máquinas que seguem as ideologias impostas pelas grandes corporações.

Vivemos em uma espécie de piloto automático, não raciocinamos mais sobre o que comemos, o que usamos, o que vestimos, o que compramos, o que bebemos. Não temos consciência de tudo o que está ao nosso redor, do que fazemos ou deixamos de fazer. Não temos sendo crítico, não questionamos, não comparamos, não buscamos outras fontes ou outros estilos de vida. Impuseram-nos que a nossa vida seria assim, e assim seguimos até o fim dos nossos dias.

A ideologia explica a realidade a partir do ponto de vista dos dominadores, justifica posições sociais privilegiadas e impede muitas vezes que essas classes privilegiadas sejam questionadas. O que prevalece é sempre o argumento da autoridade. Estamos tão acostumados a seguir regras, a seguir padrões que não pensamos e raciocinamos sobre as nossas condições de vida. Acreditamos sempre que assim é e assim sempre será.

É como diz Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio e depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Bercht

Nós, na nossa humilde ignorância, acreditamos que essas grandes corporações estão fazendo o que podem para nos ajudar, para nos tirar dessa situação de miséria e pouca educação. Ledo engano. O que elas mais querem é que nós continuemos ignorantes para que elas continuem a nos vender idéias e estilos de vidas, para continuarmos favorecendo a eles mesmos. Afinal, o maior objetivo dessas corporações e dos dominadores é o lucro. O lucro a partir da exploração do pobre, dos ignorantes, dos analfabetos, das pessoas que não tem outra coisa a não ser oferecer a sua mão-de-obra, o seu trabalho braçal para conseguir comer uma refeição durante um dia cansativo de trabalho.

Inclusive no documentário intitulado “The Corporation” há um exemplo claro disso, quando mostram crianças de 13 anos trabalhando o dia inteiro, para ganhar uma miséria por dia. E sabe o que é mais irônico disso tudo? É que essas crianças produzem roupas que tem o slogan de serem roupas onde parte do dinheiro é doada a instituições que cuidam de crianças pobres, abandonas, miseráveis que não tem condições de ter uma vida digna.

E nós consumidores dessas roupas nos sentimos tão importantes e privilegiados de estarmos comprando roupas onde parte do dinheiro vai ser revertido a estas instituições caridosas. Sentimo-nos tão bem de poder ajudar as pobres crianças necessitadas que não nos damos conta daquilo que está por trás daquela roupa bonita que compramos. Vendem-nos uma ideologia e nós a aceitamos tão bem que nem questionamos o que poderia estar por trás de idéia tão fantástica.

Nesse sentido podemos dizer que certas ideologias podem ocultar o verdadeiro conhecimento da realidade. Tendem a esconder as interações predominantes nas ações, mascarando a existência de contradições na convivência social. Deixa assim opaca a realidade o que torna mais fácil de dominar um grupo ou uma sociedade, deixando-se apenas ver a aparência e não a essência dos fenômenos.

Podemos citar como exemplo também, as grandes personalidades que ao longo da história mostraram ter uma aparência de heróis, de serem grandes pessoas, de terem realizados grandes fatos históricos, mas que na realidade não passavam de corruptos, ladrões, exploradores ou até assassinos. Claro, não podemos generalizar, mas a grande maioria possui uma segunda face sombria e escura, escondida da grande sociedade.

E isso sem comentar de todos os danos ambientais e ecológicos que estas grandes corporações causam ao meio ambiente. Incrível pensar que numa época como a nossa, de conscientização sobre as questões ambientes, sobre o reflorestamento, a poluição, o efeito estufa, e tantas outras coisas que envolvem a natureza como um todo, ainda se vê pessoas que não estão nem um pouco preocupadas com as conseqüências e os danos que isso pode causar futuramente.

Tantas campanhas para se poluir menos, para se reflorestar, para se pensar mais no nosso meio ambiente e nas riquezas naturais, nos animais e o que as grandes corporações e os dominadores continuam pensando é o lucro. O enriquecimento de si mesmos. O amor pelo dinheiro, pelo poder e pelas riquezas. É óbvio que todo o lucro que estas grandes empresas ganham, superam e muito a multa por elas geradas devido à poluição e outros danos causados à natureza e ao homem.

E assim, nós consumidores, compramos seus produtos, usamos suas marcas, dizemos que estamos na moda e nos sentimos muito bem de poder fazer parte deste estilo de vida. Estamos a toda hora comprando e vendendo ideologias e tornando-nos escravos da matéria anunciada. Escravos dos grandes dominadores, das grandes corporações, que nos usam como bem querem para seu próprio enriquecimento.

E assim vivemos achando que temos personalidade, que somos alguém, que temos um nome, um sobrenome. Porém, vivemos de ideologias, de diversas e diferentes ideologias que nos vendem, impõe-nos padrões, dizem-nos como viver, como comer, como andar, como se comportar e como nos relacionar. Somos como marionetes manipuladas por um homem que faz o que bem quiser com seu brinquedo.

17 de out. de 2010

os dias passam, as horas se vão, parece que tudo passa por mim e eu não consigo alcançar. tudo se torna tão frio, tão restrito, tão insuficiente, comparado a tudo aquilo que eu um dia sonhei em ter. as pessoas mudam, escolhem, vivem de maneira diferente da qual um dia eu conheci. parece que me tiraram o chão. tiraram a minha base, eu já não tenho onde me equilibrar, onde me manter firme. eu quero fugir. eu sempre quis fugir. mas, fugir para onde? em todos os lugares que você for, em todos os lugar que você visitar, por onde você andar, eu sei, você saberá, as pessoas não mudam. as pessoas são iguais. são fúteis, ignorantes, dão valor a coisas insignificantes, vivem em mundos sujos, porcos, imundos. as pessoas e a sua aparência. as pessoas e as suas relações sociais. as pessoas e as suas máscaras. as pessoas e os estilos de vida. as pessoas e as suas riquezas. as pessoas e as sua roupas. as pessoas e as suas bens. as pessoas e as suas escolhas. que escolha você fez? que eu escolha eu fiz? um segundo, dois segundos, três segundos, um minuto, dois minutos, três minutos, uma hora, um dia, e tudo volta ao princípio. é tudo um ciclo. um ciclo de relações desgastadas, defeituosas, doídas, dolorosas que não se cessam, não param, correm soltas desde os primórdios até o dia de hoje. são as mesmas pessoas. as pessoas não mudaram, não mudam. passam-se anos, séculos, eras e tudo continua igual. as mesmas pessoas. mas mesmas relações. o mesmo ciclo. eu quero fugir. já disse que queria fugir? eu quero viver sem ter relações com pessoas. porque, as pessoas são iguais. não mudam. elas tem sempre a oportunidade de escolher, mas escolhem sempre as mesmas coisas. eu não. eu não quero escolher isso também. eu não quero viver assim..eu não vou viver assim. venha, me leve embora logo! e deixe que esse pesadelo acabe logo.

3 de out. de 2010

não há tempo
não há distância
não há lugar
não há mundo
não há aparências
não há céu
não há nada.
a única coisa que vive é o vazio.
o único lugar que sobrevivo é o vácuo
o silêncio
escondido de toda a lama e toda sujeira de um lugar chamado Planeta Terra
eu vivo no mundo dos esquecidos
dos renegados
dos exilados
dos não amados
dos feridos
dos sofridos
e como eu digo eu não vivo, eu sobrevivo
sobrevivo aos dias, horas, minutos, segundos
aos séculos....
aos milênios
sim, eu sou eterno.
e sou o único por aqui.
aqui, jamais ninguém ousou entrar
nesse meu mundo, nesse meu imaginário
aprendi a ser só
aprendi a assumir toda e qualquer responsabilidade
aprendi......aprendi? o que eu aprendi?
será que eu aprendi alguma coisa ou criei uma maneira de sobreviver a tudo isto?
os dias passam, não há tempo
não há esperança.
eu sei, eu nunca sairei daqui.
aqui é o meu lugar.
o lugar dos esquecidos, abandonados, traídos, machucados, assassinados....
você quer vir me visitar?
uma visita?
não, não estou acostumada com essas coisas...
não sei se vou conseguir te receber bem..
você está a vontade?
você precisa de alguma coisa?
oooh, eu posso te sentir..
eu posso te beijar...
eu posso te tocar...
que sensação diferente, você vai estar sempre comigo? sempre?
meu coração palpita
minhas mãos tremem
que loucura é essa?
o vazio, não é mais vazio...
este lugar não está mais esquecido
ele é lembrado,
lembrado por você.
oi você! você?
cadê você, você?
você?
você não quer mais vir me visitar?
você já não quer mais estar comigo?
você foi embora.
você se foi.
será que você morreu?
não, você não quer mais estar comigo.
e tudo volta ao mesmo vazio de antes.
a escuridão
aos monstros
ao lugar esquecido e abandonado.
leva a mim mesma.
no mais obscuro e intimo do meu ser.
leva ao meu eu.
há quem sou
sem rótulos
sem máscaras
sem desculpas
sem nada.
me leva ao nada.
o nada sou eu.
eu sou nada.
um mar escuro e sujo num vazio de horrores.

6 de set. de 2010

I-
você sempre quis que os outros seguissem suas ordens
você sempre quis dominar os outros e o mundo
você sempre achou que era melhor pessoas que poderia existir
que seu exemplo de vida deveria ser seguido por todos que o rodeiam
você sempre achou que podia tudo. que era tudo
como você se sente agora que caiu do trono?
como você está lidando com esta situação que foge ao seu controle?
como você se sente?
frustração?
medo talvez?

você continua igual.
continua achando que é o melhor
isso me envergonha
me dá nojo
me entreistece
e me decepciona
até quando você continuará assim?
o fim está próximo
o abismo entre o céu e terra logo se abrirá para todos sermos julgados e massacrados
e você continuará assim?

entre o céu e terra existe você
você, seus vicios, suas manias
seu egoísmo, sua chantagem, sua cara de soberano
o fim está próximo
o abismo entre o céu e terra logo se abrirá para todos sermos julgados e massacrados
eu sei o que te espera
mas como você reagirá a tudo isso?

liberte-se
largue tudo
siga comigo
venha comigo
não te levarei aos melhores caminhos
mas, pelo menos, estaremos juntos
venha agora
venha depressa
liberte-se
largue tudo
eu sei que dentro de você mora alguém muito melhor
e é essa a minha esperança
então, venha comigo


II-
eu já não sei quem sou
me perdi na neblina, na sombra, na escuridão
aonde estou?
que lugar é este?
sempre me senti fora de contexto
fora dos padrões
fora da realidade
em que mundo estou vivendo?
isto é sonho?
será que a realidade, o mundo real, espera-me depois dessa escuridão

eu já não sei quem sou
me perdi na neblina, na sombra, na escuridão
esse lugar, não é meu lugar
por que estou aqui?
por que vim parar aqui?
eu olho para os lados e só vejo medo
angústia, dor, rancor,
ambição, luxúria, avareza,
traição, egoísmo, vaidade, orgulho
tudo menos o amor
cadê o amor?
não, não esse sentido banal e carnal que dão o amor
eu quero o amor
o simples e puro amor
estou perdida nesse mar de piranhas.


III-
encontrar-me
viver-me
sonhar-me
cair-me
encontrar-me
chorar-me
levantar-me
tocar-me
encontrar-me
sentir-me
sorrir-me
alegrar-me
encontrar-me
cantar-me
correr-me
pular-me
encontrar-me
e, por fim...morrer-me.

19 de ago. de 2010

sabe quando chega aquele momento da sua vida que você diz "já chega, cansei de tudo isso". é..estou exatamente neste momento. eu estou exausta de ter que ficar fazendo joguiunhos, rindo, sorrindo quando na verdade o que eu sinto é exatamente ao contrário disso. sabe quando você percebe que certas coisas em você mudaram e se depara com pessoas fúteis, sem conteúdo que vêm com as suas conversinhas banais e idiotas para falar sobre os mesmo assuntos que para você já não fazem mais sentido? é disso que eu cansei. eu gosto de pessoas com conteúdo, que conversem comigo, que falem sobre assuntos realmente cativantes e interessantes. é por isso que eu me excluo do mundo, das pessoas e da sociedade. eu não suporto ter que me fazer de burra e de idiota, de ter que ser simpática com pessoas falsas, de ter que conversar com gente que eu não suporto. é por isso que eu decidi me livrar de tudo isso...tirar da minha vida todas essas coisas e pessoas que só me decepcionam e me irritam. não, eu não guardo mágoa nem rancor de ninguém e de nada. mas é que eu só cansei de ter que conviver com isso. você me compreende? eu queria muito poder conversar com todo mundo, poder interagir com todo mundo, mas o que eu posso fazer se você vem com assuntos fúteis que não são do meu interesse? não, eu nunca negarei uma boa conversa com ninguém. eu adoro conversar. eu adoro conhecer as pessoas. eu só, a partir de agora, não pretendo continuar insistindo em uma coisa que eu não gosto, não suporto, que só me decepciona e irrita. fui clara?

24 de jul. de 2010

estou presa, amarrada, acorrentada, sufocada e angustiada. eu queria muito poder voar, subir, crescer, tocar o céu e sentir a liberdade correr por todo o meu ser. porém, isso se torna impossível. é impossível a gente viver da maneira que a gente quer. é impossível querer ser o que a gente quer. eu tinha tantos sonhos, esperanças, ilusões, eu tinha vontade de viver, eu queria ser feliz. felicidade, está aí um sentimento que parece que foge de mim. eu busco por ela todo dia, toda hora, todo minuto, mas parece que ela não quer estar comigo. eu tinha tantos planos para a minha vida, mas como eu digo, não adianta eu planejar nada. nada do que planejo para a minha vida se concretiza. tudo bem, eu já entedi. eu tenho que deixar que as coisas aconteçam. o problema é que elas não acontecem. pelo menos, não as coisas que eu queria que acontecessem. eu queria poder viver de outro do jeito, do meu jeito. e eu não entendo até agora o porque que eu tenho que viver buscando por aquilo que não me dá prazer. eu não entendo porque eu tenho que viver de acordo com os SEUS princípios. eu não entendo porque eu tenho que ser igual a você. eu não quero ser igual a você. eu não quero deixar os meus sonhos de lado, eu não quero me tornar uma pessoa igual a você. será que você não entende isso? será que é tão difícil pra você me aceitar e me deixar viver? eu não entendo porque eu não posso ser aquilo que eu quero. eu não entendo. simplesmente me sinto acorrentada, presa e sufocada por tudo isso. você não me deixa ser, não me deixa sair, afinal do que você tem medo? por que você me sufoca tanto? por que eu não posso ser eu? eu já disse que não sou você e não quero ser igual a você. por que você insiste nisso? eu disse que nunca iria te deixar, mas eu sinto que preciso tentar sair deste lugar, me encontrar, descansar, e tentar viver.

7 de jul. de 2010

está tudo meio nublado, não há clareza, não há certeza, não há luz. uma voz se escuta ao longe. será que estão chamando meu nome? será que estão gritando por mim? será que é a mim que eles procuram? é uma voz feminina, dá para sentir o desespero e a angustia em seus gritos. a voz se aproxima. eu tento enxergar, eu tento ver aonde se encontram, tentar ajudar. mas, parece que cada vez tudo fica mais nublado, mais escuro e frio. perdida nesta esucridão sem saída a voz começa começa a gritar e chamar por um nome...não entendo o nome..será por mim que a voz chama? essa voz...essa voz que grita, que chama, que me angustia, me desespera, o que ela quer? por o que ela grita? e tudo começa a se misturar, gritos, frio, dor, angustia, gritos, gritos, gritos, frio, anguntia, dor, tudo ainda está nublado, não consigo ver, o medo se apondera de mim. um grito longo e desesperador, o rosto de um homem a sorrir e a escuridão total. silêncio. vazio. meus olhos se abrem assustados, sinto um frio na espinha e o suor a escorrer pelo meu rosto. o relógio marca 1:23. olho ao redor. tudo parece familiar e ao mesmo tempo tão estranho. não há ninguém gritando. há só a penumbra do meu quarto, a insônia e os meus monstros. mais uma noite de mal dormida. mais uma noite de pesadelos. mais uma noite em que as lembranças vêm me visitar.

28 de jun. de 2010

é um vazio, uma sensação de que falta algo, um aperto no coração, desespero, tristeza. eu achei que estaria preparada para tudo. eu pensei que poderia aguentar qualquer coisa. eu achava que era forte, que aguentava, que tinha estômago pra tudo. mas não. eu sabia que isto um dia ia acontecer, mas parece que não estou preparada. apesar da minha mente estar dizendo que "está tudo bem", "você sabia que iria acabar assim", meu coração se despedaça, grita, chora, dói! as lágrimas nessas horas são difíceis de conter. eu tento, mas não consigo. eu achei que podia, mas não posso. eu pensava que era forte, que podia aguentar tudo. eu achava que me conhecia, mas não. estou perdida, sem rumo, só esperando o final se desenrolar e a minha agonia acabar.

16 de jun. de 2010

e aos poucos eu vou me renovando, criando novos sonhos, novas expectativas. a vida toma novos rumos, coisas inesperadas acontecem e a gente vai se acostumando a todas estas reviravoltas. foi difícil, é difícil, mas eu preciso e necessito mudar. preciso deixar de lado tudo o que sufoca e procurar novas formas de viver e conviver. preciso de alguma coisa mais leve, mais suave, que me faça respirar, que me dê liberdade, que deixem as minhas asas voarem e meu sonhos se tornarem coloridos. já sinto meu coração bater mais aliviado e aquele sentimento chamado esperança invadir meu ser. é um novo passo, uma nova história, um novo recomeço.

9 de jun. de 2010

é esse sentimento que me sufoca, que não me deixa respirar, que faz meu coração disparar e se contorcer. causa delírios, calafrios, mãos úmidas e boca seca. não era exatamente isso que eu deseja para esse exato momento. mas as coisas acontecem e eu não consigo controlar tudo. você consegue? você consegue reprimir, esconder, disfarçar e deixar de lado tudo isso? me explica? me ensina? esse sentimento já não está mais deixando eu viver como antes. está difícil e dói.

6 de jun. de 2010

estou muito cansada pra dizer se quero ou não quero. estou muito cansada pra dizer sim ou não. estou muito cansada de ter que dizer alguma coisa. afinal, foram tantas promessas, sonhos, sorrisos, noites sem dormir que ao final do dia pareciam insignificantes e sem sentido. a gente sempre pensa que vai ser diferente, mas é sempre igual. e eu estou muito cansada para isso. posso ficar sozinha por um instante? é a minha, e somente a minha solidão que eu necessito nesse momento.

4 de jun. de 2010

"eu continuo a ser uma coisa só: um palhaço. o que me coloca em nível mais alto do que qualquer político"(charles chaplin)

e eu continuo a acreditar que algum dia as pessoas serão verdadeiras a tal ponto que não precisarei mais desconfiar de ninguém. um dia eu não precisarei mais me retrair, me isolar dos loucos que dizem que eu sou louca. eu ainda acredito que um dia eu poderei ser aquela pessoa que eu guardo a sete chaves debaixo dessa carcaça. porque no fundo eu continuo a ser uma coisa só. as diversas roupas e disfarces são só aparências. não dê bola para as aparências. elas enganam.

19 de mai. de 2010

e para mim a vida continua sendo um punhado de purpurina e lantejoulas que o vento leva para lugares desconhecidos e inimagináveis. a vida continua sendo de um céu azul com um sol amarelo a irradiar felicidade. a vida continua sendo essa coisa mágica, inusitada, inesperada e magnífica. a vida continua sendo um arco-íris com um potinho de ouro ao final. a vida continua sendo uma canção, uma peça de teatro onde reina o esplendor e a emoção de um bom roteiro. e eu ainda hei de pintá-la toda de vermelho.

30 de mar. de 2010

"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim. Nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu em algum momento fui insubstituível. E que esse momento será inesquecível" Mário Quintana



eu acho que esta frase já diz tudo.
aos que eu gosto, continuarei gostando não importa onde estejam ou se ainda lembram de mim.
aos que me fazem falta, vocês não sabem como a saudades bate às vezes e em como eu penso em vocês com carinho e relembrando os bons momentos, mesmo que não lembrem mais de mim.
porém, aos que eu fui insubstituível um dia.....noooossa! não há palavras que descrevam esse sentimento. será eterno e inesquecível. obrigada.
não, eu não me impressiono mais com só com palavras bonitas, perfume bom e elogios. eu quero algo a maais. quero aquilo que está escondido, bem guardado, que normalmente não mostramos por medo da reação do próximo. eu quero esse algo a mais. já não aguento mais as futilidades, os clichês e as formas e fórmulas prontas. cansei.
não que eu seja metida e queira aquilo que não tenho ou não posso. é que eu cansei. cansei também de fingir, de tentar ser simpática por questão de popularidade, na verdade nem eu sei mais o que eu quero. só sei que cansei e assim não dá mais.

29 de mar. de 2010

quem diria que um dia nossa vida viraria de cabeça para baixo? e que aquilo que a gente sonhava não era mais que um sonho? que então daríamos prioridade àquilo que antes não era significativo? quem diria hein?
é, estamos aqui de novo, não sei se é regredir ou pensar melhor nas escolhas que foram feitas e nas escolhas que virão. mas estamos no mesmo ponto de novo. repensando tudo o que se passou, retomando escolhas antigas, sonhando enfim mais sonhos, imaginando uma outra vida, uma outra vivência.
o que me esperará? não sei. nunca soube. por isso arrisquei e estou arriscando de novo. e sempre que for preciso mudo, sonho de novo, arrisco de novo, escolho de novo, afinal a vida é inconstante e eu não sei o que ela me reserva.